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Depois da delação de Marcos Valério sobre a relação do PT com PCC a eleição desse ano virou questão de segurança nacional

O advogado e jornalista Junior Melo avalia como gravíssimas as acusações feitas por Marcos Valério em delação à polícia federal, ele desnuda um esquema gigante de lavagem de dinheiro e corrupção que envolve entre outros a facção PCC (primeiro comando da capital) que trabalhava em conluio com o PT (partido dos trabalhadores), em um esquema criminoso.

Para o advogado a eleição de 2022 passou a ter um condão muito mais de segurança nacional, para ele, se o PT voltar ao poder o país pode virar uma narco república, seria um caos com a volta da corrupção desenfreada e instituições como as polícias seriam desmoralizadas e corrompidas.

A revista Veja divulgou uma delação do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, que ficou conhecido no escândalo do mensalão, pelo qual foi condenado a 37 anos de cadeia.

Em trechos inéditos da delação premiada, Valério afirma que ouviu do então secretário-geral do PT, Sílvio Pereira, detalhes sobre o que seria a relação entre petistas e o Primeiro Comando da Capital (PCC), a principal facção criminosa do país.

Diz a Veja:

Segundo Valério, o empresário do ramo dos transportes Ronan Maria Pinto chantageava o então presidente Lula para não revelar o que supostamente seria uma bala de prata contra o partido: detalhes de como funcionava o esquema de arrecadação ilegal de recursos para financiar petistas. O delator afirma que soube da suposta chantagem contra Lula após conversar [com] Pereira.

De acordo com o delator, o então secretário-geral petista o informou que Ronan ameaçava revelar que o PT recebia clandestinamente dinheiro de empresas ônibus, de operadores de transporte pirata e de bingos e que, neste último caso, os repasses financeiros ao partido seriam uma forma de lavar recursos do crime organizado. Valério é claro ao explicar a quem se referia ao mencionar, genericamente, crime organizado: o PCC.

Valério ainda soltou outra bomba: o então prefeito de Santo André celso Daniel, assassinado em janeiro de 2002 em um crime envolto em mistérios, havia produzido um dossiê detalhando quem, dentro dos quadros petistas, estava sendo financiado de forma ilegal.

O que Celso Daniel não sabia, disse o delator aos investigadores, é que a arrecadação clandestina por meio de empresas de ônibus não beneficiava apenas a cúpula partidária: vereadores e deputados petistas que mantinham relações com o crime organizado estavam recebendo livremente dinheiro sujo.

Para Valério, o dossiê elaborado pelo prefeito assassinado simplesmente sumiu. “Ninguém achou esse dossiê mais”, diz.

Com informações: Revista Veja/JCO

Fonte: Terra Brasil Notícias

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